Mapa

Isto é muito simples.

Passo a explicar: entras pelos meus dedos. Corres pelo meu sangue, nas minhas veias. Fazes uma pequenina paragem no coração para ver como bate. Quando te sentires preparado (sim, eu aguardo) voltas a entrar em circulação. Dás uma volta pelas minhas pernas e ganhas forças para voltar a subir.

Esquece o coração. Não é para lá que vais!
Quero lá saber disso. Não me interessa que esteja lá alguém de plantão à espera que a vida aconteça... O mapa que tens é da minha cabeça.

Viverás entre os meus olhos, o meu nariz e os meus ouvidos durante uma semana. Dou-te apenas uma semana.

Depois desta semana, atreve-te a falar. Atreve-te a sentir. Atreve-te a dizer-me como fazê-lo melhor.
Até lá, és um estranho.

Tal e qual. Um estranho.