Confronto

O que esperamos dos outros?

Que nos compreendam cada passo?
Que respeitem o nosso espaço?
Que entendam que todas as nossas decisões são baseadas no sentimento de "ser o melhor para nós"?

Ou, por outro lado, que contraponham? Que confrontem?
Que neguem o que para nós é verdadeiro?

Talvez exija a necessidade da existência dos dois lados. O anjinho e o diabinho a falar à consciência.
Contudo a coexistência deverá ser equilibrada. É humanamente impossível viver plenamente com alguém a dizer, constantemente, que as tuas decisões são incoerentes... Não fundamentadas...

É bom parar, de vez em quando, e imaginar o pior cenário possível. O cenário em que o diabinho ganha a batalha e grita "eu bem te avisei". Imaginar-mo-nos a viver nesse cenário escuro como breu. Faz com que o medo do fracasso diminua... Faz com que a falha pareça mínima, uma vez que outrora foi pensada.
Não deixar que estes cenários se apoderem da nossa vivência, é o verdadeiro desafio. Quando, diariamente, somos confrontados com comentários críticos acerca das nossas escolhas, acerca da nossa vida. Impedir que arrebatem os nossos pensamentos e sentimentos. Barrar a passagem aos "Velhos do Restelo" que todos, cada uma à sua maneira, tem na sua vida. Muitas vezes internos!! Vindos do próprio Eu...

Sentir...
Escutar...
Escutar...
Depurar...
Falar...
Sentir...

Deve ser esta a razão lógica do "estar" em sociedade... Digo eu, que sou uma leiga em ciências sociais...
No entanto, acredito que há pessoas demasiado manipuladoras a ponto de se julgarem capazes de anular o "1º sentir" ao fim de um diálogo...

E esse "1º sentir", regra geral, não muda nem um milímetro... Pode ficar calado, pode ficar camuflado... Mas foi sentido daquela forma específica naquele tempo e espaço específico. O tempo não volta atrás. O que foi sentido, mantém-se intacto!

Contudo, após o confronto...
Após a escuta...
Depois de depurada...
Volta-se a sentir.

Nós!
Não os outros por nós!

Eu...
Tu...
Nós!

Comentários

PauloG disse…
confronto??
considero a palavra demasiado incisiva para o que penso que pretendes exprimir...
ou pelo menos para o que eu interpreto ao ler-te...
ao que tu chamas contrapor, confrontar ou mesmo negar eu gostaria de pensar que é apenas argumentação na base da troca de opiniões... assim o devia ser!!!
os outros que que te referes suponho que são pessoas próximas como amigos ou família... e nestes casos se te confrontam, se te contrapõem, se te negam não estão a ser fieis a esses laços que vos devem unir...

Quando não se concorda com as decisões de outrem podemos manifesta-lo equilibradamente...
e ao emitir opiniões e argumentos tem que perceber que são apenas isso, não imposições, porque em ultima instância as decisões são sempre da pessoa alvo..
e felizmente não somos todos iguais (e viva a diversidade)...
Muitas vezes, essas decisões, por mais erradas que nos pareçam podem ser as certas para aqueles de quem gostamos, segundo os seus muito próprios critérios.

As pessoas alvo, como lhe chamei acima, dessas opiniões penso que compreendem o bem que faz saber como as suas decisões/acções são recebidas, o efeito que nos outros provocam... por vezes faz ter consciência de muitas delas que não são devidamente consideradas por nós... ou foram olhadas por um ponto de vista diferente...

Eu concordo que o primeiro sentir é realmente importante e sentido estará!!!! mas, e mais uma vez, felizmente não somos imutáveis no sentir... E de maneira nenhuma este deve ser manipulado...
a manipulação gera desequilíbrio...

No fundo o que interessa na relação das pessoas é o equilíbrio...
... sentido...
verdadeiramente sentido...
...por Ti... por mim... por nós...

beijo ((con)sentido?)
:-D

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