O que a vida me deu

A vida deu-me tudo o que sou. E tudo o que não sou.
O que poderia ter sido e o que sonho um dia vir a ser.

A vida deu-me feridas abertas que teimam em não sarar.
Batalhas de anos que ainda hoje não estão perdidas.

Dei a mim mesma o mau feitio que carrego e o sorriso que trago orgulhosamente no peito e na alma. Foram-me oferecendo abraços abertos e fechados.

Presentearam-me com amizades louváveis, com desilusões incontáveis, que hei-de exibir eternamente na estante do quarto de visitas.

Aprendi e cresci. Cresci sem ter aprendido muita coisa e compreendido outra tanta.
Iniciei processos de compreensão, da mente humana, inacabáveis.

Criei padrões, adaptei-me ao mundo, e deixei que levassem um pouco de mim.
Parte a parte. Pouco a pouco.

Caí. Ajudaram-me a levantar. Levantei-me, na maior parte das vezes, sozinha.
Com as quedas, aprendi que a vida tem outra cor vista de baixo para cima.
De todas as vezes que me levantei, sempre as mesmas pessoas por perto...

O que a vida me deu, foi aquilo que mereci.
E o que fiz por merecer.


(Obrigadinho Pedrinho pelo título do post.)

Comentários

Susana Fidalgo disse…
LINDO!!!
De Fadinhas anda o mundo cansado!
Venham mais anos assim!

Beijinho muito GRANDE
Anónimo disse…
minha querida a vida é uma maré que vai e vai e nem sempre estamos na crista.mas nós somos fortes e persistimos.aquele abraço à minha amiga do coração.....obrigado por tudo

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