Nunca me aborreço

A pneumonia atacou-me desta vez e deixou-me KO em regime de clausura há exactamente uma semana. Papar televisão o dia todo não é opção nem tampouco ler. A febre "fritou-me" um bocadinho o cérebro... Começo, aos poucos, a recuperar e a ter vitalidade suficiente para me manter 10 minutos em pé sem me sentir cansada mas não me parece que ainda esteja física e psicologicamente preparada para dar cabo da pilha de roupa que tenho por passar... Tenho outras opções!
Esbarrei com os bordados esquecidos nas caixas e com trabalhos de crochet começados e inacabados. Combina com o estado de espírito: mínimo raciocínio, mínimo esforço.

Esbarrei, ainda, com um dos meus diários da adolescência... Que revelação!
Ainda não tive a capacidade nem paciência para ler o que por lá tenho compreendido entre 1997 e 2001. Chego à conclusão que apenas tenho um monte de referências a pessoas que nada me dizem, não escrevi nos dias efectivamente importantes, assinei todas as folhas (como se mais alguém fosse lá escrever...) mas gostei de o encontrar. A adolescência é mesmo complicada...
Apesar de todo o mofo que supostamente teria ao fim de quase 20 anos, gostei imenso de o encontrar. Uma obra de arte pelas mãos da Livrario.
Está cheio de recortes e de bilhetes de filmes, concertos, mensagens e postais de amigos. Isto vale pela parvoíce toda que para lá está.
Deve ser o primeiro livro cujo conteúdo está à altura da capa...

Após um longo e moroso período de dedicação, personalização, brio, carinho e contributo de vários, o resultado final acabou por ficar... bonito!

E todos nós sabemos o quão difícil isso é.




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