Há um mar

Há um mar que nos separa.
Que eu conte, pelo menos um.

Mas temos sempre os regressos.
A fé em como nada mudou.

Apenas as marés.


Fotografia tirada no Cabo Sardão - Portugal por Mariana Ramos - Jun 2016


Comentários

As marés significam a mudança?
Ou a certeza da continuidade, de que nada muda?
O mar esse perdura, enquanto que a vida humana é mais fugaz, mas também de altos e baixos.
Parabéns pela escrita, acho que faz muito bem e deixa quem lê a pensar um pouco.
Melhores cumprimentos,

Manuel Au-Yong Oliveira.
MariMari disse…
Nesta publicação, concretamente, as marés assumem-se enquanto agentes de mudança. Contudo a sua análise é pertinente e não deixa de estar na raiz da publicação: mas afinal o que definimos por mudança? O que temos nós como certo, como imutável, como contínuo?! Serão as marés as mudanças esperadas, permanentes, calendarizadas, indispensáveis?!

Quem vê o mar pela primeira vez, vê o mar.
Não vê a maré :)

Obrigada pelo comentário e pela leitura!

Obrigado e até breve Mariana.
Cumprimentos,
Manuel Au-Yong Oliveira.

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