Regresso

Confesso não ter tido bons dias ultimamente... Já me senti mais viva, mais cheia que hoje. Por vezes quando anseamos pela calma e pela normalidade, parecem ser sentimentos inalcansáveis... Longínquos como aquelas vozes dos sonhos.

Os regressos nunca são bons... Há sempre algo que fica por dizer, por fazer e os nossos olhos denunciam o silêncio ensurdecedor que viveu e vive em nós... Os reencontros magoam a alma, magoam os olhos e os braços... São bons mas não bons de todo. Têm aquela percentagem estúpida de defeito, de algo que não bate certo na imagem com que ficámos dessa pessoa. Principalmente naquelas pessoas que conhecemos de cor... Parece que os caprichos deixaram de ser importantes e as cores dos brincos, ou de camisolas, passaram a tomar conta do nosso tempo. Da nossa importância.

Um regresso bom, deveras bom, os Gatinhos Malcheirosos... Sempre em cima do acontecimento... Muito à frente. Com aquela audácia que muitos, incluíndo eu, gostariam de ter em tornar visível rasgos de pensamentos.

(Eu tentei aumentar o tamanho mas não consegui... É nestas alturas que eu desejaria ter mais um neurónio... Se gravarem, podem ver. Vale a pena. O Calvin no seu pior... O que lhe vale é o Tigre...)