Coincidência ou a falta dela

Que se sinta enganado aquele que acredita que as pessoas nos caem de pára-quedas na nossa vida.
Que se sinta enganado, também, aquele que pensa que estamos imunes às pessoas que nos rodeiam. Impermeáveis.

As relações alimentam-se como se alimenta um passarinho de gaiola. Se nos esquecermos dele, não há predação que o valha.
É preciso mudar a água, soprar para que as cascas das sementes voem e deixem apenas o verdadeiro alimento. Falar com ele e até assobiar ou cantar. Dar-lhe um olá.

Por vezes sinto-me a pensar como se sentem as pessoas que têm trabalhos solitários. Que não têm que se relacionar com ninguém, apenas consigo próprios. Provavelmente entram num conflito superior... Desconheço. Gostava de entender, de verdade, pois eu não me veria numa posição dessas.

Vejo-me como uma dona de casa preocupada em dar de comer aos seus animais pois acredito que quando eles morrem, por muito que corramos à loja de animais a comprar outro, o espaço fica vazio. Sinto-me assim nas relações.

Todos ocupam o seu espaço, diferente e único, em que jamais alguém ocupará o lugar de outrem. Acredito que as pessoas que me cumprimentam com um "bom-dia" sentido não é por serem obrigadas, é porque desejam mesmo que tenha um bom-dia! Faço o mesmo. Preocupo-me com os que de mim dependem. Dependem de mim como se dependessem do alimento.

Gosto de ser assim. Um colibri que cumprimenta as flores pela manhã. Uma alegria contagiante.
Um coração cheio de coisas boas.
Um coração que guarda muitas pessoas especiais, que teimo em acreditar que não as conheci por acaso...

Pertenceram-me.
Pertencem-me.
Ou ainda me hão-de pertencer.

Comentários

PauloG disse…
Olá bom dia querida Mariana...
:-D
MariMari disse…
Bom dia, querido Paulo.
Queres que te mude a água ou que sopre as cascas das sementes?!
Eheh

Bisou bisou
Aquele beijo e aquele abraço.

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